terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

«Business angels» com potencial de investimento de 70 milhões de euros



As duas maiores associações nacionais de «business angels» (BA) reúnem um potencial de investimento em «start-ups»que ronda os 70 milhões de euros, através de 55 entidades-veículo (EV) para investimentos em sindicação com o fundo de co-investimento disponibilizado pelo programa COMPETE através do aviso n.º 05/SAPFRI/2009.

No caso da Federação Nacional de Associações de Business Angels (FNABA), são 40 EV que serão responsáveis por 50 milhões de euros para investimento nos próximos três anos. O montante de investimento apoiado pelo QREN no âmbito da FNABA eleva-se a 20 milhões de euros, ao qual se juntam 10 milhões por parte dos cerca de 200 BA que se encontram associados nas citadas EV. A estes montantes acrescerão os investimentos a realizar pelos respectivos empreendedores e ainda o financiamento bancário directo às empresas que serão alvo dos investimentos por parte das EV.
A mesma entidade, que representa 10 associações regionais, estima que os primeiros investimentos venham a ser realizados durante o segundo trimestre de 2010 uma vez que os próximos três meses deverão ser dedicados às questões formais associadas às EV seleccionadas.
Por sua vez, a Associação Portuguesa de Business Angels (APBA) e a rede de BA do Centro Empresarial do Centro receberam parecer positivo à mesma linha de financiamento em mais de 15 candidaturas. Estas aumentam em mais de 10 milhões a sua capacidade de investimento em projectos inovadores que potenciem o crescimento sustentado da economia nacional, os quais se juntam ao potencial de mais de 10 milhões de euros de recursos financeiros para investimentos em capital de risco informal que a associação já dispõe.
Recorde-se que a dotação inicial do QREN para este fundo era de 10 milhões de euros, mas foi revisto e aumentado para 25 milhões, dando assim resposta ao elevado número de candidaturas apresentadas por «business angels» que, mesmo assim, esgotaram o fundo disponível.
Tal como o fundo, espera-se que o programa complementar de apoio, criado pela Caixa Capital, inicialmente de 1,5 milhões de euros, seja reforçado, permitindo a esta sociedade de capital de risco constituir-se como a que mais directamente se associa à forte dinâmica da actividade dos «business angels» em Portugal, e consequentemente a que mais investe em projectos de «venture capital».
Marc Barros-marcbarros@vidaeconomica.pt

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