terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Emprego, para que te quero?


"Emprego, para que te quero?" foi o nome dado ao workshop dinamizado pela equipa da Cidade das Profissões junto das associações de estudantes das faculdades da Universidade do Porto.

Este workshop integrou o programa da International Conference on New Challenges of the Portuguese Higher Education e da "Fapform", eventos organizados pela Federação Académica do Porto que decorreram nos dias 5, 6 e 7 de Dezembro de 2008 no Resort Hotel Axis Ofir.

A participação da CdP enquadrou-se no seu amplo objectivo de promoção do desenvolvimento de competências de empegabilidade, desta feita junto dos dirigentes associativos estudantis - que podem e devem assumir um papel activo na preparação dos jovens do Ensino Superior para a transição para o mercado de trabalho.

Neste workshop, foram identificadas as dificuldades habitualmente sentidas pelos estudantes na integração e na manutenção no mercado de trabalho, foram auto e hetero-avaliadas as estratégias já utilizadas pelas associações de estudantes, e delineadas novas estratégias promotoras da empregabilidade.

Entre as preocupações dos estudantes do ensino superior em relação ao emprego, foram apontados:
1. O pessimismo com que o tema da empregabilidade é abordado logo nos primeiros momentos de contacto dos estudantes com a faculdade;
2. A existência de grandes tempos de espera entre a conclusão do curso e a integração no Mercado deTrabalho;
3. A falta de informação sobre a procura de emprego no estrangeiro, sobre estágios e sobre o Direito do Trabalho;
4. A dificuldade na redacção de cartas de motivação para a frequência de cursos de pós-graduação, mestrados, doutoramentos, entre outros.

Entre as estratégias já utilizadas pelas associações de estudantes representadas na sessão, destacam-se duas:
- A criação de oportunidades de contacto directo com profissionais;
- A informação sobre questões relacionadas com o Direito do Trabalho.

Os participantes consideraram que no futuro deverão desenvolver novas estratégias promotoras da empregabilidade, nomeadamente:
1. A implementação de formações modulares que permitam aos estudantes complementar e/ou reforçar as competências técnicas adquiridas ao longo do curso;
2. A realização de feiras de emprego em ambiente virtual (criação de um espaço online onde ofertas de emprego e candidatos possam cruzar-se);
3. O desenvolvimento, por parte de cada faculdade, da sua própria bolsa de emprego;
4. A criação de compêndios de informação sobre diversos temas (procura de emprego, estágios, de cursos, entre outros) - como "A entrada no Mercado de Trabalho - Um Guia para Recém-Graduados", instrumento concebido pela CdP e pela FAP;
5. A mobilização dos estudantes para a realização de estágios e de cursos de Verão;
6. O incentivo ao empreendedorismo, nomeadamente através da introdução deste tema no plano curricular dos cursos;
7. O conhecimento de estruturas e serviços existentes no Porto que podem dar resposta aos estudantes;
8. O estabelecimento de parcerias com empresas e associações;
9. A criação de oportunidades de exploração directa das saídas profissionais dos vários cursos;
10. O reforço da formação dos estudantes em áreas de conhecimento basilares (e.g., Filosofia), à semelhança do modelo educativo americano.

A grande quantidade de novas estratégias enumeradas parece mostrar que as dificuldades sentidas serão mais do que as que foram enumeradas pelos participantes. O facto de grande parte dos indivíduos que procuram a CdP em busca de soluções serem recém-licenciados ou finalistas de cursos superiores reforça a ideia anterior. É pois essencial a intervenção das faculdades, por intermédio, nomeadamente, das suas associações de estudantes. É expectativa da CdP que este workshop tenha constituído um motor de arranque para a implementação das estratégias sugeridas.

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