quarta-feira, 14 de setembro de 2011

As redes sociais mudaram para sempre as nossas vidas

Actualmente quase ninguém tira uma fotografia sem a visualizar publicada no Facebook; muitos são os que, sempre que vão a algum lugar digno de nota, lá registam a sua presença electronicamente através de um check-in. Os mais entusiastas da partilha dão diariamente os bons dias, as boas tardes e até as boas noites via Twitter aos seus seguidores/amigos.


É impossível esquecer que, para uma esmagadora maioria, as redes sociais representam lazer: os momentos vividos com amigos, a partilha de estados de espírito ou a exposição daquelas fotografias de férias (de fazer inveja até à melhor amiga). Se bem que são cada vez mais os que encaram as redes sociais de forma profissional, parece-me que até tornarmos algo como o Facebook, Twitter ou LinkedIn (só para nomear alguns) em algo sério - já para não dizer em trabalho - ainda há um longo caminho a percorrer.

Sintoma disso é o facto de, na maioria dos locais de trabalho, as redes sociais estarem bloqueadas. Muitas pessoas quando estão no seu trabalho não podem consultar qualquer tipo de rede social. Muitos motivos racionais são apontados para o justificar e, não posso afirmar cegamente que não concordo com os mesmos, sendo o mais pertinente o facto de levar à distracção e à dispersão do trabalho que se tem pela frente.


No entanto, se bem utilizadas, na minha opinião, as redes sociais podem ser um apoio fundamental em muitos trabalhos. Alguns exemplos retirados da minha experiência sobre como podemos obter contribuições preciosas dos nossos contactos das redes sociais para o nosso trabalho são:


1 – Follow the leader

Parece fácil, mas requer horas de pesquisa e bastantes actualizações ao longo do tempo. No entanto, se conseguirmos ser amigos no Facebook, contactos profissionais no LinkedIn ou seguidores no Twitter de profissionais da nossa área, que se dediquem à partilha de conteúdos nas redes sociais, teremos sempre nos nossos feeds de notícias ou timelines, quantidades infindáveis de aprendizagem que “caíram no nosso colo”, sem que tivéssemos sequer que as procurar.


Identificar opinion makers e gostar de marcas que fazem um bom trabalho online é meio caminho andado para trabalharmos “acompanhados” pelos melhores.


2 – Mi casa es su casa
De igual forma, com alguma dedicação conseguiremos ser aceites em grupos onde se debatem e partilham conhecimentos sobre os temas que mais nos apaixonam. Depois de entrarmos no grupo, uma vez mais iremos ser presenteados com informação que, de outro modo, não teríamos acesso (pelo menos não de forma tão imediata e seleccionada).

3 – Can you help me?

A comunidade de utilizadores de redes sociais tem-se revelado irrepreensível no que toca a ajudar, comentar, partilhar, votar ou dar ideias. Inúmeras vezes pergunto aos meus contactos o que acham de uma ideia ou conceito ou peço alguma recomendação sobre que programa utilizar ou que abordagem seguir para um dado tema. E as respostas, de qualidade, não tardam.


4 – Brainstorming

De forma rápida se faz um brainstorming através das redes sociais. Lança-se uma ideia para o ar e temos no momento várias opiniões, sugestões e, por vezes, ideias completamente diferentes sobre como prosseguir. Tudo em tempo real e num espírito de entreajuda, muitas vezes entre pessoas que nem sequer se conhecem pessoalmente.


5 – What goes around comes around

Claro que a nossa postura online não pode ser só de tirar e receber, também devemos contribuir para a comunidade. Ao partilharmos informação do nosso interesse e ao estarmos disponíveis para ajudar quem precisa de nós, vamos alimentar esta cadeia infinita de conhecimento, ao mesmo tempo que, quem sabe, também nos conseguiremos afirmar profissionalmente junto dos nossos pares.


Sobretudo por estes motivos, sinto-me uma privilegiada por ter acesso às redes sociais no meu local de trabalho. Elas contribuem para que esteja sempre mais informada, mais apoiada e mais a par do que de melhor se faz em todo o mundo na minha área de competências e isso faz de mim, sem sombra de dúvida, uma pessoa mais competitiva! Quem sabe nos próximos anos, tanto empresas como trabalhadores irão encarar deste modo as redes sociais e tornando-se, também eles, mais competitivos e preparados para enfrentar os desafios constantes de uma realidade sempre em mudança.


Há dias dizia o Nilton no Facebook como graçola: “Daqui a uns anos ouviremos miúdos a dizer: os meus Pais conheceram-se no Facebook.” Mas eu posso afirmar
, no dia de hoje, “Eu consegui o meu emprego no Facebook”. E a partir daqui, o céu é o limite!

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